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LUISA LOPES
I - Eu, que moro aqui
O corpo no corpo da casa






As imagens da casa seguem nos dois sentidos: estão em mim assim como eu estou nelas. Em "O corpo no corpo da casa", o meu corpo é incorporado em móveis do meu quarto. Considero o quarto o meu universo particular, espaço de expressão de quem eu sou. A cama, a mesa de desenho e o armário com as roupas, tudo isso reflete-se no meu corpo. Uso a roupa de cama que era da minha tia C., o manto com o qual ela dormia, isso protege a mim e ao meu sono. Suas roupas misturam-se com as minhas. Dentro do baú da cama, vejo objetos que pertenciam a ela e me deito abaixo do colchão, sentindo-me nesse espaço entre a dimensão terrena, o onírico e o espiritual. Esse espaço, é construído ao mesmo tempo em que é vivido.
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